Aliados de Bolsonaro já se articulam pensando em um futuro sem o ex-presidente
A cena política brasileira vive um momento peculiar e, de certa forma, sombrio nos bastidores. Entre os próprios aliados de Jair Bolsonaro, começam a surgir conversas discretas — mas cada vez mais frequentes — de que o ex-presidente tornou-se um peso político, e que seu “fim”, seja ele jurídico ou até mesmo biológico, abriria espaço para novas estratégias e ambições dentro da direita. Esse é um tema delicado, mas que evidencia o pragmatismo frio do jogo político.
Nos últimos meses, com o avanço de investigações e o cerco judicial se apertando, muitos bolsonaristas têm adotado uma postura mais reservada em relação ao líder. A relação, antes de lealdade cega, hoje é marcada por cálculos eleitorais. Deputados, senadores e líderes partidários avaliam silenciosamente que, sem Bolsonaro, teriam maior liberdade para moldar alianças, adotar discursos mais moderados e até reaproximar setores do centro político.
Além disso, há o fator ambição pessoal. Diversos nomes do entorno bolsonarista sonham em herdar o espólio político do ex-presidente, ocupando o posto de principal referência da direita brasileira. Nesse sentido, a ausência de Bolsonaro abriria caminho para que figuras como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema ou até mesmo Michelle Bolsonaro disputassem o protagonismo sem o peso constante da figura do ex-presidente, que domina todos os espaços e restringe manobras mais ousadas.
Ao mesmo tempo, há um temor evidente entre outros aliados de que, sem Bolsonaro, o movimento direitista se fragmente, perdendo força diante da esquerda organizada. Essa ala prefere ver Bolsonaro afastado apenas do protagonismo, mas ainda vivo para servir de símbolo e unificador das massas. Mesmo assim, reconhecem que, com ou sem ele, será preciso construir uma agenda própria, menos dependente do carisma e das polêmicas do ex-presidente.
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