📰 Trump pune Brasil com tarifa e bolsonaristas comemoram: o patriotismo seletivo de quem apoia o próprio algoz
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta semana a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, em especial commodities agrícolas e siderúrgicas. A medida, segundo analistas internacionais, foi motivada em parte pelo alinhamento cego do ex-presidente Jair Bolsonaro a Trump durante seu mandato, que acabou por fragilizar a posição do Brasil em negociações comerciais futuras. Enquanto o atual governo busca reverter o estrago diplomático, bolsonaristas celebram o episódio como se fosse uma demonstração de força política — uma narrativa distorcida que ignora quem de fato sairá prejudicado: o povo brasileiro.
Durante o governo Bolsonaro, o Brasil abriu mão de diversas vantagens comerciais e até de proteções históricas para agradar o governo Trump, numa tentativa de consolidar uma "aliança ideológica". Bolsonaro acreditava que, ao se colocar como principal aliado sul-americano dos EUA, garantiria privilégios e benefícios comerciais. O resultado foi o oposto: o Brasil se tornou dependente das decisões unilaterais americanas, sem contrapartidas claras. Agora, com Trump novamente em campanha e tentando mostrar firmeza contra competidores estrangeiros, o Brasil virou alvo fácil.
É irônico e preocupante ver bolsonaristas comemorando a tarifa, como se ela fosse uma jogada política para proteger Bolsonaro de processos e prisões no Brasil. Para esses apoiadores, qualquer ação de Trump contra o Brasil é interpretada como uma suposta retaliação ao sistema judiciário brasileiro — que estaria "perseguindo" Bolsonaro. Na realidade, a taxa imposta é um duro golpe à economia nacional, que encarecerá exportações, reduzirá competitividade e poderá custar milhares de empregos.
Enquanto isso, empresários do agronegócio e da indústria já demonstram preocupação com a elevação dos custos e a possível perda de mercado para concorrentes de outros países. O cidadão comum sentirá o impacto nos preços, pois cadeias produtivas inteiras dependem dessas exportações para manter o câmbio equilibrado e os preços internos estáveis.
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