Bolsonaristas em desespero: pressão por anistia expõe medo da prisão de Bolsonaro
O cenário político em Brasília ganhou contornos de desespero com a atuação frenética dos deputados bolsonaristas, que se movimentam de maneira quase caótica para tentar aprovar uma anistia ampla no Congresso. A motivação é clara: blindar o ex-presidente Jair Bolsonaro das investigações que se aproximam cada vez mais de um desfecho que pode resultar em sua prisão. O tom dramático dessas articulações revela não um espírito de reconciliação nacional, mas o medo explícito de ver seu líder responder na Justiça como qualquer cidadão comum.
Nas últimas semanas, a base bolsonarista tem se empenhado em reuniões de bastidores e pressões públicas para que a pauta avance. Apelam para um discurso de “pacificação” e “superação das divisões políticas”, mas o que está por trás desse verniz de cordialidade é o pavor da perda de poder e a tentativa desesperada de salvar Bolsonaro a qualquer custo. O objetivo não é o país, mas a autopreservação de um grupo que teme ser arrastado junto com o ex-presidente.
O problema é que a pressa e o desespero desses parlamentares já encontram barreiras. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi categórico ao afirmar que não pautará a anistia. Sua decisão expôs o isolamento dos bolsonaristas e demonstrou que, fora de sua bolha, a proposta é vista como um acinte ao Estado de Direito. Seria transformar o Congresso em escudo particular de um político acuado pela Justiça, algo que mina a credibilidade do Legislativo e afronta a democracia.
Bolsonaro, por sua vez, adota a conhecida retórica de perseguição, apresentando-se como vítima de um sistema injusto. Essa narrativa serve de combustível para sua base mais fiel, mas, na prática, evidencia fraqueza. Quem tem convicção de inocência não precisa de anistia antecipada; confia na Justiça e enfrenta o processo. O apelo pela anistia é, portanto, um atestado de medo — e talvez de culpa.
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